
sábado, 14 de fevereiro de 2009
JUAZEIRO DO PADIM CIÇO

O GALAXI QUE PEGOU FOGO
Essa história é do tempo de quando havia três autoridades na cidade: o juiz, o prefeito e o gerente do Banco do Brasil. Creio que foi entre 1968/69, quando tal fato aconteceu. Lembro que meu pai entrou em casa falando alto sobre um incêndio que estava ocorrendo na Praça Sílvio Romero. Imediatamente corri até o local e ainda pude vê o Galaxi do Sr. Ubirajara Barroso, gerente do Banco do Brasil queimando. O fogo atingia os fios da rede de alta-tensão trazendo grande perigo aos presentes. De nada adiantava jogar baldes de água e vez por outra pequenas explosões do carro faziam os curiosos correrem. Passado o susto os maiores clientes da agência se uniram para comprar e presentear o gerente com um novo carrão. Meu pai participou da coleta. Como o banco não permitia que seus funcionários recebessem presentes, a solução foi doar a sua esposa. Apesar da boa vontade dos clientes o dinheiro arrecadado não foi suficiente para a compra de um novo Galaxi, mesmo assim, o presente foi um Dodge Dart. Alguns dias depois para frustração dos clientes, o honesto gerente resolveu doar o carrão ao Asilo Santo Antônio para ser leiloado. Ubirajara, por sinal, é ainda uma lenda viva entre os mais antigos clientes do Banco.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
ROUBARAM O BRONZE
Acho que foi em 1980, por muitos anos o monumento erigido pelo prefeito Dionísio Machado para homenagear seu desafeto político Acrízio Garcez, servia de banco em frente à igreja matriz. Muitos jovens lagartenses comentavam que aquilo era uma afronta ao bom senso uma vez que Acrízio fora um coronel perseguidor e violento. Um dia resolvemos traçar um plano para roubar a estatua de bronze, mas como o medo de ser descoberto era grande ficávamos adiando e no máximo fazíamos alguma pintura que era logo removida pelo jardineiro da praça. Não é que certo dia o monumento amanheceu sem a presença do velho coronel?! A fofoca na cidade foi grande, quem teria feito tal ato?Certamente foram os adversários políticos, comentavam. No corre-corre da turma ninguém assumiu tal ato de bravura. Passado algum tempo olha que a estatua foi abandonada na estrada que liga o Libório à Matinha. Anos atrás em conversa com um velho amigo, mas que não fazia parte da turma, confessou ter levado num saco o pesado bronze e teria escondido em um sítio de parentes, até que resolveu abandoná-lo na beira da estrada. Logo depois demoliram o tal monumento e erigiram outro no jardim da Maternidade Monsenhor Dalto, onde até hoje está o bronze do velho coronel. Taí uma coisa que até hoje eu não consigo compreender. Dionísio foi perseguido por Acrízio, se liga a um novo grupo político, derruba o antigo coronel, se torna prefeito, vice-governador e prefeito novamente e acaba por homenageá-lo.
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