Bastava chover que as brincadeiras mudavam. Aproveitando a terra molha o furão era uma das apreciadas. Essa brincadeira era considerada pelos adultos um tanto perigosa, pois, ao lançar o furão esse poderia penetrar no pé provocando grave ferimento. Para quem não conhece, o furão não é nada mais que um grande prego que lançado sobre a terra ia sendo enfiado e o jogador numa sucessiva ordem de lançamentos fazia uma linha que deveria prender a linha do adversário. Outra maneira de jogar era desenhando um peixe na areia e jogar seguindo seu traçado. Para os mais craques o desafio era jogar no índio, ou seja, lançar o furão fazendo-o girar sobre seu eixo e cair na posição correta no chão. O jogo de marráia ou bola de gude era outro bastante procurado. Ter uma bolinha com desenho de carambola era um privilégio devido à dificuldade de encontrá-la. O jogo era formado por dois ou mais jogadores que deveriam lançar as bolinhas em direção a última das três búicas e iniciava o jogo quem conseguisse colocar a bolinha dentro ou o mais próximo dela. Primeira, segunda, terceira, primeiro papo, segundo papo e dimanche. Retirar a bola do adversário da búica era também um objetivo. Quem primeiro atingisse o objetivo ficava com as bolinhas dos adversários. Vez em quando uma bolinha caia na búica e desaparecia era obra dos meninos que faziam armadilhas no subsolo para ganhá-las mais facilmente.
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