segunda-feira, 4 de agosto de 2008

QUIUTO

Qual o garoto que na infância não desejou ter um bicho de estimação? Certo dia, resolvi criar um periquito, fui até a feira e comprei um filhote do tipo conhecido por periquito de velande. Uma espécie pequenina de forma arredondada e que na parte de baixo da asa tem as penas azuis contrastando com o verde bandeira do resto do corpo, bastante valente e vive na natureza em grandes bandos pelo sertão. Meu exemplar era ainda muito novinho e construí uma gaiola do tipo usada para papagaio. Quando ele começava a dar mostras de querer voar eu cortava as asas e ele voltava a ficar como um papagaio. Dona Ana, uma senhora baixinha que morava na rua dos fundos da minha casa, me ajudou a domesticá-lo e apelidou-o de Quiuto. Todos os dias ela vinha visitá-lo e ele já a reconhecia. Finalmente Quiuto ganhou a afeição da família. Sua gaiolinha ficava pendurada na cozinha e durante as refeições ele fazia suas algazarras. Mas num certo dia ao amanhecer o periquito não estava na gaiola procurei por todo canto e nada até que encontrei um punhado de penas na escada da casa, chorei de raiva e parti para a vingança. Cheguei à conclusão que algum gato o tinha devorado e a partir desse dia criei uma inimizade mortal com os felinos. Foi então que resolvi criar a Sociedade Secreta Inimiga dos Gatos SOSIGA. Durante muito tempo não ficou gato na vizinhança que sobrevivesse as minhas pauladas. Eu contava com a ajuda de Nanam que odiava os gatos, pois eles defecavam nas camas e cavavam o jardim da casa que ela tanto cuidava. Na verdade eu não sei por que nós humanos nos afeiçoamos tanto pelos animais. Depois do Quiuto eu ainda tive mais dois cães antes de abandonar de vez o desejo de possuí-los. Negrita foi uma cadela pastor alemão que eu ganhei de um major do 28 BC quando estudava em Aracaju e que se tornou o xodó do meu pai, inclusive morreu entre suas pernas motivado por ingestão de água sanitária deixada indevidamente em uma bacia. O outro foi um cão da raça Dobermann que eu ganhei de um cliente do Banco do Brasil, quando trabalhava em Euclides da Cunha BA, mas que eu doei a um colega após ele me atacar.

Um comentário:

Thiago Fonseca disse...

SOSIGA

UHAEHUEAHUEAHUAEHUAUAEHUHEAHHAHAHAH
HAHAHAHAHAHA =D

aqui no prédio pai tinhamos o "GEG"!

Grupo de Extermínio aos Gatos

mas a empreitada caiu por terra pq ninguém tinha coragem de fazer mal!