Seu menino era um velho pipoqueiro que mantinha seu carrinho no canto da Pça. Filomeno Hora defronte a casa do Seu Dionízio e por muitos e muitos anos todos os fins de tarde ali estava ele esperando a clientela. Sair do Colégio para encontrar os colegas era o costume diário e naturalmente regado ao saquinho de pipoca do seu menino. O cheiro se fazia sentir ao longe. Em determinados momentos a quantidade de pessoas era grande e o velho pipoqueiro se danava e fechava a portinha do carro não atendendo a ninguém. Depois dos ânimos acalmados voltava a torrar o milho. Às vezes ficávamos esperando a pipoca sair quentinha, mas na hora de entregar o saquinho ao comprador algum ricaço parava defronte do carrinho e a pipoca ia parar nas mãos do felizardo. Então começava a reclamação. Seu menino se mantinha calado como se nada tivesse acontecido e continuava a torrar sua pipoca. Outro dia encontrei o velho pipoqueiro e perguntei Seu menino cadê a pipoca? E ele todo feliz da vida respondeu: menino não agüento mais arrastar o carro não!
PS: O velho pipoqueiro partiu e agora anda pelo céu fazendo pipoca para os anjinhos
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