quinta-feira, 3 de julho de 2008

A FESTA DE SETEMBRO

As novenas começavam no último dia de agosto o que conheci dia com o ultimo dia de vaquejada. No primeiro fim de semana da festa muitos turistas viam de longe para ver os vaqueiros derrubarem o boi. Lagarto fervia de alegria. Terminada a vaquejada começava a exposição agropecuária. Nas ruas o som das bandas marciais ensaiando para o desfile do dia sete. As lojas repletas de clientes em busca de roupas novas para bem se apresentarem nos dias de festas. Todas as noites a Praça da Piedade repleta de fieis, jovens namoradores e crianças correndo atrás da filarmônica. Os bailes da AAL e da AABB eram ansiosamente esperados pela sociedade local. E finalmente o ápice da festa: a procissão de Nossa Senhora da Piedade. Durante muitos anos minha mãe fazia o andor da imagem que desfilava pelas ruas da cidade. As famílias durante a semana limpavam as casas faziam a pintura das fachadas à espera dos parentes que logo chegariam ao final de semana. Era uma oportunidade única para juntar a todos. Na Praça da Piedade onde morávamos, quando chegava o sábado a expectativa das famílias era grande e vez por outra um carro apontava vindo da Rua Lupicínio Barros anunciava a chegada de alguém que vinha de longe. E todos corriam para receber os visitantes. Parentes, amigos e curiosos. Essa era a Lagarto que eu vivi.

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