Numa certa tarde, após saborear o pirão de ovo, Nanam trancou rapidamente os janelões e a porta que dava para a rua. Todo mundo ficava olhando pelas gretas e falando baixinho. É o papa-figo comentava alguém. Lembro da sua roupa vermelha e que mais parecia um rei mago. Eu morria de medo, pois os adultos falavam que eles roubavam as crianças tiravam seus órgãos para implantar em crianças ricas doentes. Aquela altura o pirão começou a embrulhar no estômago. O homem olhava em direção a nossa casa e falava coisas incompreensíveis, fazia gestos, levantava e mexia num saco cheio de cacarecos. Finalmente a paz voltou ao ambiente após a saída do papa-figo da vizinhança.
sábado, 26 de abril de 2008
O PAPA-FIGO
Numa certa tarde, após saborear o pirão de ovo, Nanam trancou rapidamente os janelões e a porta que dava para a rua. Todo mundo ficava olhando pelas gretas e falando baixinho. É o papa-figo comentava alguém. Lembro da sua roupa vermelha e que mais parecia um rei mago. Eu morria de medo, pois os adultos falavam que eles roubavam as crianças tiravam seus órgãos para implantar em crianças ricas doentes. Aquela altura o pirão começou a embrulhar no estômago. O homem olhava em direção a nossa casa e falava coisas incompreensíveis, fazia gestos, levantava e mexia num saco cheio de cacarecos. Finalmente a paz voltou ao ambiente após a saída do papa-figo da vizinhança.
OS CHAPÉUS DE DONA ESTER
quinta-feira, 24 de abril de 2008
A BENÇÃO PADRE !?
terça-feira, 22 de abril de 2008
O TIME DO CAPITÃO
SÓ CHUPANDO UMBÚ
segunda-feira, 21 de abril de 2008
OS CONSTRUTORES DE ESTRADAS
NÓ NAS TRIPAS
Eu ainda estudava o primário quando apareceu o diabólico chiclete Ploc de Hortelã. Como toda criança faz, com o dinheiro que ganhei do meu padrinho Nouzinho da Ema comprei um punhado de gomas. Naquela época, por ignorância ou para evitar que a gurizada mascasse tanto doce, os adultos diziam que se alguém engolisse o chiclete ele daria um nó nas tripas e era morte certa. Meu pesadelo começou assim: durante o recreio, entre corre daqui, pula de lá, bateram em minhas costas e acabei engolindo o diabo do Ploc. Acabei-me de chorar pensando que iria morrer logo. Minha professora Dona Antonieta, preocupada perguntava o que havia acontecido e eu não conseguia falar de tanto soluço e as mãos cheias de chicletes. Fui levado até a secretaria do grupo, mas nada, me deram água para eu acalmar e nada, só pensava na morte que estava próxima. Finalmente Meninha de Zé de Bita me levou para casa e fui logo me deitando numa rede que ficava na cozinha e só depois de muito tempo que minha mãe conseguiu me acalmar e eu lhe contei o que se passara. Compreensivamente ela falou que me levaria ao médico, mas como ele só atendia em Aracaju ela me daria para beber uma garrafa de Limonada Bezerra para ver se eu expelia a borracha. Remédio desgraçado aquele, só tomei para não morrer e no dia seguinte passei o dia no sanitário. Passado alguns dias e eu ainda vivo perguntei a minha mãe se ainda me levaria ao médico e ela confessou tudo. Não sei por que, mas até hoje não suporto mascar chicletes. Talvez seja por medo de dá nó nas tripas, ou será pela limonada purgativa?
quinta-feira, 17 de abril de 2008
O SABOR DA AMOROSA
O AVIÃO POUSOU
O PAPAI NOEL DE SEU NOUZINHO
Não sei se em alguma outra cidade existe ou existiu o papai-noel que saía distribuindo presentes pelas ruas da cidade. Aqui em Lagarto existiram duas lojas que no dia de natal entregavam os presentes comprados pelos pais da garotada. O mais famoso era o da casa Oriente que pertencia ao seu Ursulino Loiola mais conhecido por Nouzinho, o outro era do Magazine Foto e que pertencia a José Antonio da Costa, o Maninho de Zilá. Mal começava o mês de dezembro e as lojas ficavam entupidas de brinquedos. Para os pais com poder aquisitivo era um o prato cheio para satisfazer os desejos dos filhos. Chegado finalmente o grande dia eu ficava imaginando qual seria meu brinquedo. Meu pai fazia suspense e nos deixava excitados.Logo após o almoço minha mãe mandava eu e meus irmãos tomarmos banho e vestir roupa nova para receber o Papai Noel. Eu morria de medo e me escondia no sanitário. A Praça da Piedade ficava animada e logo o carro de som começava a chamar as crianças, casa por casa. Após sua passagem todo mundo orgulhoso saía para mostrar seu novo presente. Lembro muito bem de uma Kombi de polícia que certa vez ganhei, ela possuía um sistema de fricção que imitava a sirene, mas ao passar por um lugar sem calçamento a areia entrou na engrenagem e o som passou a ser de uma casa de farinha. Naquele ano meu irmão Deodoro também ganhou um carro semelhante ao meu, mas o modelo era da policia americana.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
A TOSSE BRABA
ESCONDERIJO PERIGOSO
sábado, 12 de abril de 2008
A PRIMEIRA PROFESSORA
O BAÚ DAS LEMBRANÇAS
ALGUMAS PALAVRAS
Então, caro amigo leitor, não espere grandes façanhas, aqui estão apenas relatos de um garoto e adolescente que viveu entre os anos 60 e 70 do século passado, numa Lagarto cheia de vida e amizades. Dos bailes da Atlética, das festas de setembro, do São João, do Natal, carnaval e das escolas públicas. Da Praça da Piedade, principal ponto de encontro da garotada. Dos passeios pelos arredores, do cinema e tudo mais que uma pequena cidade do interior poderia oferecer. Então vamos à leitura.