sábado, 12 de abril de 2008

ALGUMAS PALAVRAS

Escrever sobre o próprio passado pode parecer tarefa simples, mas quando começamos a vasculhar o velho baú de memórias, nos deparamos com lapsos de tempo, veracidade dos fatos, perguntas e respostas sem solução, questionamentos tipo: será que posso escrever sobre essa pessoa sem causar constrangimentos? Entretanto, de pequenos retalhos de lembranças vão ressurgindo passagens que nos dias atuais possam parecer coisas bobas ou infantis para os padrões dessa geração: então será que vale a pena escrever? A partir de então a memória dispara em um volume considerável de informações e passagens que dificulta até a execução de uma escrita ágil. Foi assim que comecei a esboçar esse peque opúsculo de crônicas e relatos da minha infância e adolescência. Em nenhum momento tive a preocupação de ser gradiloquente, mas a verdade é que para quem escreve, o seu passado parece ter sido mais importante que o dos outros. Mesmo assim, desde já, peço desculpas aos amigos que tiveram seus nomes omitidos ou trocados. São falhas de uma mente quarentona que já não produz energia suficiente para rememorar a clareza dos acontecimentos de tão longe data.
Então, caro amigo leitor, não espere grandes façanhas, aqui estão apenas relatos de um garoto e adolescente que viveu entre os anos 60 e 70 do século passado, numa Lagarto cheia de vida e amizades. Dos bailes da Atlética, das festas de setembro, do São João, do Natal, carnaval e das escolas públicas. Da Praça da Piedade, principal ponto de encontro da garotada. Dos passeios pelos arredores, do cinema e tudo mais que uma pequena cidade do interior poderia oferecer. Então vamos à leitura.

Nenhum comentário: