sábado, 12 de abril de 2008

A PRIMEIRA PROFESSORA

Quem acaso não teve uma grande professora? Dona Antonieta Libório foi praticamente minha mestra durante todo o primário e graças a ela muito do que sou hoje aprendi de suas lições. Fui aluno do grupo Silvio Romero e é verdade que faltava conforto e material escolar. As carteiras eram divididas entre dois ou três alunos e o assento de tiras de madeiras bem que machucava. Quanto ao material didático lembro que foi na quarta série que chegou o primeiro livro gratuito e que ao final do ano devolvemos para ser utilizado por outro aluno no período seguinte. È claro que a rigidez às vezes assustava, mas vez por outra alguém aprontava. Bastava seu Joãozinho tocar o sino que os alunos quase que assustados corriam para formar fila na porta da sala de aula, ninguém entrava antes da professora. Apesar de todo o rigor é claro que sempre existiram aqueles alunos mais afoitos. Acho que era Zé Dias (aquele da Prefeitura) que gostava de ver o servente fumegando de raiva. Aproveitando a algazarra, ele gritava: “Fedor de bunda!” ", e seu Joãozinho voltava com uma quente e outra fervendo, e como sempre não encontrando o malfeitor. Na despedida do primário, fizemos um passeio até a beira do rio Piauí onde Dona Antonieta, durante a caminhada nos dava aulas sobre a natureza e ao chegar à beira do rio tomamos aquele delicioso banho de rio sob o seu olhar atento. Na escola, apresentações de músicas e poesias. Pequenas recordações que possuem um grande valor moral e espiritual.

3 comentários:

Rafael disse...

É pai, você é cheio de histórias boas da infância.

Com certeza terá um leitor para imaginar, rir e entender mais da nossa história.

Gostei da idéia de você ter feito o blog, um grande abraço do seu filho Rafael Fonseca.

Thiago Fonseca disse...

Que bom pai que você resolveu disponibilizar parte de sua vida para podermos ler. Muito legal sua iniciativa! Aproveite frequente também meu blog:

www.thiagofonseca.blogspot.com

Abraço pai!

Claudefranklin Monteiro Santos disse...

Excelente iniciativa, caro amigo. Vejo que começa a ensaiar sua saída do casulo. Ainda tem muita história para contar. Certamente Lagarto só tem a ganhar com isso, afinal de contas: filho de peixe, tubararão não pode deixar de ser. Parabéns! Lagarto agradece.