Quem acaso não teve uma grande professora? Dona Antonieta Libório foi praticamente minha mestra durante todo o primário e graças a ela muito do que sou hoje aprendi de suas lições. Fui aluno do grupo Silvio Romero e é verdade que faltava conforto e material escolar. As carteiras eram divididas entre dois ou três alunos e o assento de tiras de madeiras bem que machucava. Quanto ao material didático lembro que foi na quarta série que chegou o primeiro livro gratuito e que ao final do ano devolvemos para ser utilizado por outro aluno no período seguinte. È claro que a rigidez às vezes assustava, mas vez por outra alguém aprontava. Bastava seu Joãozinho tocar o sino que os alunos quase que assustados corriam para formar fila na porta da sala de aula, ninguém entrava antes da professora. Apesar de todo o rigor é claro que sempre existiram aqueles alunos mais afoitos. Acho que era Zé Dias (aquele da Prefeitura) que gostava de ver o servente fumegando de raiva. Aproveitando a algazarra, ele gritava: “Fedor de bunda!” ", e seu Joãozinho voltava com uma quente e outra fervendo, e como sempre não encontrando o malfeitor. Na despedida do primário, fizemos um passeio até a beira do rio Piauí onde Dona Antonieta, durante a caminhada nos dava aulas sobre a natureza e ao chegar à beira do rio tomamos aquele delicioso banho de rio sob o seu olhar atento. Na escola, apresentações de músicas e poesias. Pequenas recordações que possuem um grande valor moral e espiritual.
sábado, 12 de abril de 2008
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3 comentários:
É pai, você é cheio de histórias boas da infância.
Com certeza terá um leitor para imaginar, rir e entender mais da nossa história.
Gostei da idéia de você ter feito o blog, um grande abraço do seu filho Rafael Fonseca.
Que bom pai que você resolveu disponibilizar parte de sua vida para podermos ler. Muito legal sua iniciativa! Aproveite frequente também meu blog:
www.thiagofonseca.blogspot.com
Abraço pai!
Excelente iniciativa, caro amigo. Vejo que começa a ensaiar sua saída do casulo. Ainda tem muita história para contar. Certamente Lagarto só tem a ganhar com isso, afinal de contas: filho de peixe, tubararão não pode deixar de ser. Parabéns! Lagarto agradece.
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