quinta-feira, 17 de abril de 2008

O PAPAI NOEL DE SEU NOUZINHO

Não sei se em alguma outra cidade existe ou existiu o papai-noel que saía distribuindo presentes pelas ruas da cidade. Aqui em Lagarto existiram duas lojas que no dia de natal entregavam os presentes comprados pelos pais da garotada. O mais famoso era o da casa Oriente que pertencia ao seu Ursulino Loiola mais conhecido por Nouzinho, o outro era do Magazine Foto e que pertencia a José Antonio da Costa, o Maninho de Zilá. Mal começava o mês de dezembro e as lojas ficavam entupidas de brinquedos. Para os pais com poder aquisitivo era um o prato cheio para satisfazer os desejos dos filhos. Chegado finalmente o grande dia eu ficava imaginando qual seria meu brinquedo. Meu pai fazia suspense e nos deixava excitados.Logo após o almoço minha mãe mandava eu e meus irmãos tomarmos banho e vestir roupa nova para receber o Papai Noel. Eu morria de medo e me escondia no sanitário. A Praça da Piedade ficava animada e logo o carro de som começava a chamar as crianças, casa por casa. Após sua passagem todo mundo orgulhoso saía para mostrar seu novo presente. Lembro muito bem de uma Kombi de polícia que certa vez ganhei, ela possuía um sistema de fricção que imitava a sirene, mas ao passar por um lugar sem calçamento a areia entrou na engrenagem e o som passou a ser de uma casa de farinha. Naquele ano meu irmão Deodoro também ganhou um carro semelhante ao meu, mas o modelo era da policia americana.

2 comentários:

Rafael disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rafael disse...

Se não me engano, esta tradição do papai noel entregar presentes as crianças de Lagarto perdurou por um certo tempo.

Lembro que um certo natal eu, thiago, os outros netos de vovô e os sobrinhos de Amparo recebemos presentes entregues por um papai noel.

Este fato foi marcado por fotos (ainda temos elas), lembro que era uma bela manhã ensolarada e que esperavamos todos na garagem da casa de baixo do sobrado.

Enquanto o papai noel não chegava brincavamos por toda garagem, inclusive bagunçando aquele quartinho em baixo da escada onde ficavam os ossos que você tinha achado numa caverna (algo assim).

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