sábado, 17 de maio de 2008

A COPA DO TRI

A copa do tri foi para a geração que a vivenciou muito mais importante que as dos títulos seguintes, era a chegada da televisão em todos os cantos, assistir a uma partida de futebol que se desenrolava em lugares tão distantes e ao mesmo tempo tão presente. É claro que tudo estava em preto e branco ainda, mas isso pouco importava. Assisti aos jogos na casa de Seu Detinho do Bar em frente ao Banco do Brasil, juntamente com seu filho Junior e mais alguns amigos. Como não havia espaço nas cadeiras nos colocamos embaixo da mesa, claro que na hora do gool tínhamos que lembrar do que nos protegia para evitar um galo na cabeça. Na final Brasil x Itália Nego de Pequeno colocou ao redor da calçada da igreja uma grande fileira de bombas que explodiram ao sabor da vitória e assim como em todas as outras cidades brasileiras a comemoração durou todo o dia. Foi um período de colecionar tabelas da copa, álbuns de figurinhas das seleções e pregar retratos dos tri-capeões na parede do quarto. A partir dali todo garoto queria ser como o sergipano Clodoaldo. Quem não sabia na ponta da língua a escalação do time? Surgiu na época um hobby interessante: colecionar tabelas da copa. Consegui diversas, mas a de minha preferência era do posto de gasolina Atlantic, era redonda e com várias partes que faziam as combinações dos jogos. Felix, Brito, Wilson Piazza, Carlos Alberto o capitão, Everaldo, Jairzinho, Clodoaldo, Gerson, Pelé, Tostão e Rivelino. Técnico Zagallo. A taça do mundo é nossa.

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