segunda-feira, 12 de maio de 2008

A MOEDA NA PAREDE

Estavam derrubando os casarões antigos para a construção do prédio do Banco do Brasil. Eu brincava com Elmo na porta do Armazém J Vasconcelos quando lá vinha Marinheiro querendo bater em quem dele se aproximasse. Como era nosso costume mexer com aquele doido saímos procurando um lugar para nos escondermos e gritar impropérios contra ele. A parede que separava a casa da esquina - hoje Câmara Municipal - havia desmoronado com a ação dos tratores, apenas um pedaço da velha parede de taipa suportou o desmoronamento, um tronco mais reforçado onde havia um escapa de rede continuava de pé. Procurando o que fazer notei que uma correia de couro se encontrava presa ao torrão grudado na madeira. Começamos a jogar pedras até que o bolo de barro desabou. Era um pequeno saco com uma moeda antiga de cobre dentro. Pensamos ter grande valor, imediatamente procuramos água para limpar o barro e depois na calçada da igreja lixamos contra o cimento. O metal rosa logo apareceu ficando a moeda ficou desfigurada. Procuramos vendê-la, mas ninguém se interessou devido seu estado. Certamente aquela moeda tinha grande valor para quem a escondeu e quem sabe não seria uma espécie de botija? Algum tempo depois a encontrei no fundo de uma gaveta na casa de minha mãe e pude notar que era uma moeda de vintém onde aparecia o ano de 1635. Hoje essa moeda pertence à coleção do meu filho Rafael.

Um comentário:

Rafael disse...

Positivo e operante! A moeda é velha mesmo, ta guardada na coleção aqui comigo até hoje!!!

É grande, meio deformada, não era moeda redondinha como as de hoje em dia. Já parei também pra pensar em quantas mãos e negócios ela participou, hahaha

grande bju pai!