terça-feira, 27 de maio de 2008

FALANDO FRANCÊS

Eu lembro bem: 5ª D, terceira sala do final do corredor. Por coincidência a nossa turma quase toda se alojou nela. O diretor do Laudelino, nosso prezado Pe. Mário viu logo que não seria uma turma das mais fáceis de controlar. Nos primeiros dias descobrimos um cajueiro nos fundos do colégio onde costumávamos subir para bater papo e olhar a vizinha do colégio que costumava mostrar suas partes íntimas. Certos dias alguns mais afoitos pularam a cerca que separava do colégio com a finalidade de manter relações sexuais com a mulher que era meio doida. Enquanto a fila se formava para o evento o marido dela que era lenhador entrou em casa e foi aquele alvoroço. Pe Mário descobriu e chamou a atenção de todos, mas não puniu ninguém, no entanto afirmou que numa próxima vez haveria expulsão do ginásio. Eu naquela época era muito tímido e não tinha coragem de enfrentar os professores e por esse motivo, fui vítima de uma grande injustiça: A professora de francês era Josete que acabara de chegar de Salvador e vinha com toda a moral para ensinar os pobres tabaréus do interior. Certa vez ela passou para os alunos prepararem trabalho sobre o corpo humano colocando as partes em francês. Trabalhei vários dias e como desde pequeno desenhava bem resolvi fazer a pintura de uma mulher no tamanho natural. Quando apresentei o trabalho todo orgulhoso recebi um "zero" alegando ela que teria sido feito por minha irmã Marielza, conhecida por seus trabalhos de artes. Fiquei decepcionado e depois desse dia nunca mais quis saber de fazer trabalhos elaborados, no máximo uma folha de papel pautado.

Um comentário:

Rafael disse...

hahahuahuauhauhahuahuahuauhauh mas rapaz, que professora miseraví!!

essa foi boa!