quinta-feira, 1 de maio de 2008

VISITANDO ARACAJU/INAUGURAÇÃO DO BATISTÃO

Foi a primeira vez que eu vi o mar. Minha irmã Marielza estava namorando Hugo que depois se tornou seu marido e que morava em Aracaju. Ia acontecer a inauguração do Batistão. Então pegamos o ônibus da Fátima e depois de muita poeira até Itaporanga pude então sentir o prazer de deslizar no tapete negro do asfalto. Ficamos na casa da mãe de Hugo na Rua Bahia, próximo a antiga rodoviária. No dia seguinte fomos conhecer a praia de Atalaia, eu e meu irmão Deodoro ganhamos calções novos e quase enlouqueci ao ver aquele marzão se esparramando na areia. Saí correndo em direção a água e minha irmã preocupada atrás de mim gritando para eu não ir para o fundo. Na verdade quando cheguei próximo a primeira onda voltei com tudo, afinal a água estava fria e eu não nasci para ser peixe. Nunca esquecerei aquele momento de descoberta. A noite foi a vez do Batistão, mas a tarde ainda tivemos tempo de ver de perto a construção do prédio Maria Feliciana. Fiquei com dor no pescoço de tanto olhar para cima. O estádio era grandioso, de todas as ruas iam chegando grupos de pessoas entusiasmadas, enquanto o som dos auto-falantes tocava o hino do Batistão na voz de Luiz Gonzaga. Nas arquibancadas não havia mais espaço então Hugo encontrou próximo ao alambrado um bom local. Eu entendia pouco do que estava acontecendo, o que seria esse tal scratch canarinho? Aos poucos o número de pessoas aumentava ficando mais e mais apertado. Eis que as seleções sergipana e brasileira entram em campo. Fogos e aplausos por todo lado. Hugo apontava: aquele é Clodoaldo o sergipano, Tostão, Pelé, Rivelino, etc. Foram tantos os gols dos canarinhos, acho que 9 x 1, que não dava tempo de respirar. Apesar da derrota da seleção sergipana, o resultado foi positivo. Afinal não era sempre que a seleção vinha a Sergipe. Acredito que talvez essa tenha sido a primeira e que o amistoso mostrava o preparo e a possibilidade de chegar ao México e trazer definitivamente a taça Jules Rimet. Lembro ainda que quem compareceu à inauguração do Batistão recebeu um diploma de sua presença.

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